A lua estava cheia e havia
certa calmaria no ar, fazia um pouco de frio e estávamos deitados sobre o capô
do meu carro, um ao lado do outro, contemplando aquele lindo e longínquo céu
estrelado, tão longe que, embora impossível, pelo brilho refletido em seus
olhos tive a sensação de que poderia alcançá-lo, mesmo que estivesse a milhares
de quilômetros de distância. Ela virou-se de lado aconchegando seu rosto sobre
o meu pescoço nu e apertando-me contra seu corpo de tal modo que me dizia “você
é meu, todo meu” sem nem mesmo mexer os lábios, e em seguida, perguntou-me: